Crítica: Gravity - Gravidade (2013)

"Gravity" é um filme realizado por Alfonso Cuarón e protagonizado por Sandra Bullock e George Clooney. Este filme da Warner Bros que teve quase para não sair do papel, devido a sérios problemas, revelou-se uma agradável surpresa. Relembro que um dos problemas que atrasou o projecto foi a desistência dos protagonistas inicialmente definidos, Robert Downey Jr. e Angelina Jolie, devido a questões logísticas.

Numa importante missão espacial a bordo da nave Explorer, a inexperiente Dr.ª Ryan Stone e o veterano Matt Kowalski são surpreendidos com uma explosão que os lança no espaço. No vazio, sem conseguirem contacto com a sua equipa de controlo em Houston, os dois vão lutar pela sobrevivência. E, ao mesmo tempo que lidam com traumas que marcaram as suas vidas, eles procuram reinventar-se num cenário que deixa pouco lugar à esperança...
George Clooney e Sandra Bullock dão vida às duas personagens, as únicas ao longo de todo o filme. Com realização do mexicano Alfonso Cuaron e banda sonora de Steven Price, este intenso "thriller" psicológico de ficção científica abriu, fora de competição, a edição de 2013 do Festival de Veneza.

Alfons Cuarón surpreende-nos com este produto absolutamente maravilhoso, onde George Clooney e Sandra Bullock têm aqui um dos seus pontos mais altos das suas carreiras. O argumento não é muito complexo, mas bastante interessante, cheio de reviravoltas inesperadas, que até chega a tornar-se empolgante. O filme é composto por um número de takes bastante reduzido, que permite criar uma maior intensidade emocional no espectador. Para além de tudo isto, posso também destacar o uso dos efeitos visuais que são absolutamente perfeitos, que merecem o Oscar na categoria, sem qualquer margem para dúvidas.