O que Spielberg não disse é quão eminente é essa ameaça. Já este Verão vários filme de alto perfil tiveram menos sucesso do que o esperado. Só nos últimos dois meses filmes que deviam esgotar os cinemas como A Ressaca 3, Os Estagiários, Depois da Terra, Ataque ao Poder, Turbo, O Mascarilha, Batalha do Pacífico e Agentes do Outro Mundo tiveram performances muito abaixo do esperado. Só estes 8 acidentes na época alta de Hollywood vão custar aos estúdios vários milhões de dólares.
O actual modelo é simples. Fazer muitos filmes de acção e com efeitos especiais, sequelas com fórmulas já testadas e especialmente filmes muito, muito caros. Claro que o risco é óbvio, se um filme de 300 milhões falhar, pode perder-se muito. A esperança é que nessa eventualidade o estúdio terá suficiente lucro de outros filmes para compensar potenciais perdas. Mas será que o sistema aguenta 8 falhas em apenas 2 meses?
Surpreendentemente, sim. Apesar destes desastres, este ano, o mercado já vai 10% à frente do ano passado. Parte deve-se ao facto de os bilhetes serem 2.5% mais caros nos E.U.A.. Parte é por causa dos filme que foram sucessos de bilheteira inesperados, como Os Mestres da Ilusão, The Purge e The Conjuring. O resto deve-se aos sucessos planeados como O Homem de Ferro 3, Monstros: A Universidade entre outros.
Mas não seria mais sensato fazer filmes mais baratos, com menos risco, e possivelmente mais filmes, numa industria que está deveras inflacionada? Ou talvez ainda fazer mais filmes de qualidade e não apenas estrondos de bilheteira, que dão cada vez menos sucesso, porque as pessoas se estãoa fartar das mesmas histórias? Hollywood precisa de tomas atenção, porque o que funciona hoje, poderá não funcionar amanhã. E como o mestre do argumento William Goldman disse acerca do que fará sucesso em bilheteiras “Ninguém sabe nada.”.
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